sexta-feira, 21 de novembro de 2008

"Nunca se deve deixar continuar uma desordem para fugir a uma guerra"

Cá estou eu estudando a obra O Príncipe de Maquiavel e me deparo com esta frase.
É engraçado como certas coisas são universais, valem em qualquer lugar, em qualquer tempo e em qualquer circunstância.
A desordem na minha vida é algo muito menor do que as desordens que os príncipes deveriam controlar, mas ainda assim é algo que eu não poderia deixar que continuasse.
Quando pequena nunca imaginei que seria tão difícil escolher uma profissão, afinal nem me importava com isso. Quando chegou a hora de decidir comecei a perder horas de sono tentando descobrir o que é que eu gostaria de fazer. E como isso é difícil... Invejo aqueles convictos. Aqueles que desde pequenos quiseram uma coisa e não mudaram. Aqueles que possuem talentos e aptidões explícitos.
Eu sempre gostei de mil coisas e nenhuma em especial.
Fui do Direito à Psicologia, da Engenharia Elétrica à Farmácia, e hoje estou escalando rumo ao topo que se chama: Medicina!
Demorei tanto para escolher uma profissão e quando escolho tinha que ser a mais difícil???
Infelizmente existe uma coisa chamada vestibular, a qual nem sempre é justa, nem sempre é coerente. É inegável que depende da sorte além do conhecimento, e é a primeira que me preocupa. Muitas coisas nas nossas vidas dependem da sorte, ou da fortuna como diria Maquiavel, e essa é imponderável, portanto o que nos resta é nos preparar o melhor possível para estar sempre prontos para as oportunidades e para as adversidades.

"Comparo-a a um destes rios caudalosos, que, na cheia, alagam as planícies, derrubam as árvores e as construções, carregam terra de uma parte, depositam em outra; todos fogem à sua frente, todos cedem ao seu ímpeto sem poder obstar. Mesmo que sejam feitos assim, aos homens só lhes resta, nos tempos de tranquilidade, premunirem-se com reparos e barragens, de modo que, ao crescer na cheia, os rios corram por um canal e seu ímpeto não seja nem tão desenfreado, nem tão nocivo."